O Conselho Regional de Nutrição da 11ª Região (CRN-11), representado pela diretora-secretária Wilma Félix e pela coordenadora do setor técnico Emanuela Catunda, esteve presente, no dia 11 de setembro, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), durante audiência pública que debateu o direito humano à alimentação e a realização da Cúpula da Coalizão Global pela Alimentação Escolar. A atividade foi requerida pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, deputado Renato Roseno (Psol).

Entre os pontos centrais discutidos, esteve a preparação para a Cúpula Global da Alimentação Escolar, que acontecerá nos dias 18 e 19 de setembro de 2025, no Centro de Eventos do Ceará. O encontro internacional reunirá representantes de 108 países para tratar de políticas de nutrição e segurança alimentar. Na ocasião, serão lançados o relatório “O Estado da Alimentação Escolar no Mundo 2025”, elaborado pela ONU e pelo Programa Mundial de Alimentos (WFP), e a iniciativa “The School Meals Impact Accelerator”, que pretende ampliar programas de refeições escolares para alcançar 150 milhões de crianças e jovens em todo o mundo.

Outro tema de destaque foi a necessidade de retirar os ultraprocessados da alimentação escolar no estado. Deputados e representantes de entidades ressaltaram que a oferta desses produtos compromete a saúde das crianças e adolescentes, reforçando a urgência de promover refeições mais saudáveis no ambiente escolar.

O deputado licenciado Renato Roseno (Psol) destacou que a má nutrição e a obesidade infantil configuram um grave problema de saúde pública, sendo essencial avançar em políticas que priorizem a qualidade da alimentação nas escolas. Ele lembrou ainda do Projeto de Lei nº 131/23, de sua autoria, que tramita na Casa e propõe a exclusão de alimentos ultraprocessados das instituições públicas e privadas de ensino no Ceará.

O CRN-11, em sua atuação institucional, tem apoiado o debate junto a instituições de ensino superior, profissionais e pesquisadores da área, defendendo a retirada de ultraprocessados da alimentação escolar e o fortalecimento de políticas que assegurem refeições saudáveis para crianças e adolescentes.

A audiência contou também com a presença de representantes da Secretaria da Educação do Estado, da Unicef-Ceará, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), do Sindicato dos Estabelecimentos de Instituições de Ensino (Sinepe/CE), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), além de nutricionistas, pesquisadores, sociedade civil e diversas entidades representativas.

Com informações da Assessoria de Comunicação da ALECE.