Novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Nutrição são homologadas pelo MEC
Norma redefine a formação acadêmica dos futuros nutricionistas em âmbito nacional

No dia 14 de agosto, a presidente do Conselho Regional de Nutrição da 11ª Região (CRN-11), Ennya Duarte, esteve em Brasília para participar de reunião no Ministério da Educação (MEC) que representou um marco para a profissão. Durante o encontro, o ministro da Educação, Camilo Santana, homologou o parecer CNE/CES nº 445/2024, aprovado pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), que institui as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Nutrição, na modalidade bacharelado.
A revisão das diretrizes teve início em 2020, quando o Conselho Federal de Nutrição (CFN) criou uma comissão temporária com a missão de repensar a formação profissional. O trabalho reuniu especialistas, docentes e representantes da categoria, resultando em um texto que passou pela avaliação do Conselho Nacional de Saúde, foi submetido à consulta pública em 2024 e recebeu a aprovação do CNE antes da homologação final pelo MEC.
O documento aprovado orienta uma formação crítica, ética e humanista, baseada no direito humano à alimentação adequada. Ele também delimita as áreas de atuação do nutricionista, abrangendo desde a nutrição clínica e a saúde coletiva até a alimentação coletiva, indústria, comércio, ensino, pesquisa e novos campos emergentes. Entre as competências destacadas estão a capacidade de tomar decisões, o trabalho colaborativo, a gestão e a integração de saberes voltados à promoção, prevenção e recuperação da saúde.
A cerimônia de homologação contou com a presença da diretoria do CFN e de representantes dos 11 Conselhos Regionais de Nutrição que integram o Sistema CFN/CRN.
Segundo o CFN, as novas diretrizes respondem às transformações científicas, tecnológicas e sociais em curso neste século. A resolução será publicada no Diário Oficial da União, oficializando sua validade e garantindo a aplicação nos projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação em Nutrição do país.
A implementação será obrigatória e deverá ocorrer gradualmente pelas Instituições de Ensino Superior (IES), com prazo máximo de dois anos a partir da publicação.
Com informações do Conselho Federal de nutrição (CFN).